Uma reportagem do jornal O Popular escancarou aquilo que muitos já sabiam, mas poucos tinham coragem de dizer com todas as letras: Anápolis virou símbolo do endividamento em Goiás. A cidade lidera o ranking de déficit primário entre os 246 municípios do estado, R$ 268 milhões negativos. Um escândalo.
O detalhe mais absurdo? Anápolis tem três vezes menos habitantes que Goiânia, mas ultrapassou a capital no tamanho do rombo. Isso não é azar, não é conjuntura nacional, muito menos “investimento em áreas estratégicas”, como tenta justificar o ex-prefeito. Isso é má gestão, é irresponsabilidade com o dinheiro público.

E quem estava no comando quando tudo desandou? Roberto Naves (Republicanos), que ficou oito anos no poder, torrou recursos, aumentou dívidas e agora age como se fosse só um observador. Comenta a situação, dá declarações e tenta politizar o estrago, como se não fosse o principal responsável pela catástrofe fiscal que jogou Anápolis no fundo do poço.
Enquanto isso, quem teve que sentar na cadeira e lidar com o caos foi Márcio Corrêa (PL). Em poucos meses, cortou contratos, reduziu custos e economizou R$ 60 milhões. Tudo isso para tentar consertar o rastro de destruição deixado pela gestão anterior.
Roberto teve tempo, orçamento e maioria política. O que ele deixou foi uma prefeitura quebrada, uma cidade sem fôlego financeiro e um passivo que vai demorar anos para ser equilibrado. Fugir da responsabilidade agora não cola. O que Anápolis vive hoje é a fatura da incompetência.



