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Humorista condenado por piadas criminosas, Leo Lins escolhe o “santo” palco do Teatro São Francisco para se apresentar em Anápolis

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Condenado em primeira instância por piadas consideradas racistas, capacitistas e ofensivas, o humorista Leo Lins chega a Anápolis no próximo dia 13 de julho para um show de stand-up. O palco? O Teatro São Francisco. A piada, ao que tudo indica, já começa no nome do local.

É difícil não notar o contraste: um comediante que virou réu por transformar sofrimento em “conteúdo”, se apresentando em um espaço que carrega o nome de um dos maiores símbolos de compaixão e empatia da história. A ironia é tão bem encaixada que parece até parte do roteiro do espetáculo.

Leo Lins não é estranho à polêmica. Ao contrário, faz dela uma estratégia. Se o público rir, ótimo. Se alguém processar, melhor ainda: vira manchete, vira marketing, vira turnê. E agora, em Anápolis, o “humor de risco” vai ter como pano de fundo um teatro com nome de santo. Quase uma metáfora pronta sobre os tempos em que vivemos.

A Justiça já fez sua parte, ao menos em primeira instância, reconhecendo que o que ele faz nem sempre é piada. Mas por aqui, parece que o show não pode parar. E nem precisa fazer sentido. Basta vender ingresso.

No fim, talvez o verdadeiro espetáculo não esteja no palco, mas na conivência travestida de plateia. Rir de tudo, afinal, só é engraçado até o alvo ser você.

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