O deputado estadual Coronel Adailton (SD), reconhecido como um dos idealizadores do modelo de colégios militares em Goiás, fez um alerta importante sobre a realidade da educação infantil em Anápolis. Em entrevista ao portal Realidade do Povo, o parlamentar celebrou os avanços do ensino militarizado no estado e no país, mas lamentou profundamente a situação das creches e da pré-escola no município.
“É inegável o sucesso dos colégios militares. O modelo implantado aqui em Goiás se tornou referência nacional. Tenho orgulho de ter ajudado a fundar esse projeto e sigo contribuindo para sua manutenção. Mas, enquanto isso, vejo com tristeza que nossas crianças mais novas, de 1 a 5 anos, estão sendo esquecidas em Anápolis”, disse o deputado.
Segundo ele, a educação infantil vive uma crise silenciosa no município, especialmente pela falta de vagas em creches públicas. “É uma realidade precária. Mães e pais enfrentam fila, incerteza e frustração porque não têm onde deixar seus filhos. Isso compromete o futuro dessas crianças e afeta a estrutura familiar.
A preocupação do parlamentar é reforçada por dados recentes divulgados pelo Instituto IGAPE. A pesquisa, realizada em junho, apontou que 52,7% da população de Anápolis considera insuficiente a quantidade de vagas ofertadas pela Prefeitura para crianças de 0 a 5 anos.
Para Coronel Adailton, esse cenário exige respostas urgentes. “Estamos falando da base da formação. Não adianta termos ensino de qualidade lá na frente se a criança não tem um início adequado. A infância é decisiva para o desenvolvimento cognitivo e social.
O deputado estadual reforçou ainda que está à disposição do município para contribuir com soluções efetivas. “Tenho o know-how. Participei da criação de um dos modelos mais bem-sucedidos do país na educação pública. Posso colaborar com propostas, buscar apoio técnico, recursos e caminhos práticos.
Por fim, Coronel Adailton alertou que o sucesso dos colégios militares deve servir como exemplo. “A mesma seriedade e organização que aplicamos no ensino militarizado podem, e devem, inspirar a gestão da educação infantil. Não se trata de militarizar creches, mas de aplicar critérios, metas, estrutura, e principalmente respeito com as crianças e com as famílias que dependem do poder público.”



