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Ex-funcionário do governo Trump acusa CIA de interferência nas eleições brasileiras de 2022

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Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Credn) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (6/8), o ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mike Benz, fez acusações de que a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) teria interferido nas eleições presidenciais brasileiras de 2022.

Segundo Benz, que atuou durante o primeiro governo de Donald Trump, a suposta operação de influência teria sido conduzida por meio do Fundo Nacional para a Democracia (NED), uma organização não-governamental norte-americana, que ele alega ser controlada pelo Partido Democrata. O ex-funcionário não apresentou provas concretas durante seu depoimento.

De acordo com ele, o NED teria sido usado pela CIA para promover interferência nas eleições presidenciais no Brasil, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. Benz sustenta que a atuação teria ocorrido durante a administração de Joe Biden.

Ainda segundo o ex-funcionário, o governo dos Estados Unidos teria ampliado os repasses de recursos ao Brasil, entre os anos de 2019 e 2023, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), com o objetivo, segundo ele, de enfraquecer Bolsonaro e censurar vozes conservadoras e de direita no país.

A Usaid, antes de ser reestruturada pela atual gestão norte-americana, era considerada uma das maiores doadoras de ajuda humanitária em todo o mundo. Benz argumenta que a agência teria atuado de forma parcial na política brasileira, algo que, até o momento, não é confirmado por nenhum documento oficial divulgado por autoridades brasileiras ou norte-americanas.

As declarações ocorrem em meio a um contexto político delicado. O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de investigações no Brasil e acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula em 2023. Ao mesmo tempo, o ex-presidente norte-americano Donald Trump, que busca retomar a Casa Branca nas eleições de 2024, tem adotado uma postura crítica em relação ao tratamento dado a Bolsonaro, inclusive sugerindo possíveis retaliações econômicas contra o Brasil.

Até o momento, nem o governo dos Estados Unidos, nem a CIA, nem o NED se manifestaram oficialmente sobre as alegações feitas por Mike Benz na audiência parlamentar brasileira.

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