Com Márcio Corrêa (PL) fora da disputa, após assumir a Prefeitura de Anápolis, e Leandro Ribeiro, ex-vereador, focado na busca por uma vaga na Assembleia Legislativa, a corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados segue totalmente em aberto na cidade.
O cenário eleitoral é de incertezas. Anápolis, que historicamente busca garantir representação em Brasília, não tem hoje um nome claramente consolidado como favorito. O deputado Rubens Otoni (PT), embora tenha uma trajetória longa e marcada por sucessivos mandatos, já não mantém o mesmo desempenho nas urnas dentro da cidade. O desgaste natural e o surgimento de novas lideranças colocam em xeque sua hegemonia no eleitorado anapolino.
Dentro desse quadro, alguns nomes começam a ser citados nos bastidores. A atual presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Andreia Rezende (AVANTE), aparece como uma das possibilidades. No entanto, ela ainda não confirma oficialmente se estará na disputa. Outros atores políticos também observam o cenário antes de definir seus passos.
Quem já sinaliza claramente que estará na disputa é o ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos). Apesar de enfrentar um cenário de forte desgaste político e alta rejeição na cidade, Roberto articula sua pré-candidatura a deputado federal. Vale lembrar que ele saiu das eleições municipais de 2024 enfraquecido politicamente, após não conseguir eleger sua candidata à sucessão, que ficou em terceiro lugar, mesmo ele estando no comando da Prefeitura na época.
Além disso, a cidade de Anápolis vive hoje os reflexos da sua gestão, marcada por obras paradas e um quadro financeiro crítico na Prefeitura. Ainda assim, a estratégia de Roberto parece focar na obtenção de votos fora do município, especialmente em outras regiões do estado. Isso alimenta uma leitura nos bastidores: mesmo que seja eleito, não se pode afirmar que Roberto será, de fato, o deputado federal da cidade, em termos de representatividade eleitoral direta em Anápolis.
A disputa segue, portanto, aberta e cercada de incertezas. Resta saber quais serão os próximos movimentos dos partidos e das lideranças locais. O que é certo até aqui é que Anápolis ainda não tem um nome consolidado que reúna consenso e força suficiente para assumir com tranquilidade essa vaga em Brasília.
