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Márcio Corrêa não “deve” nada a Wilder e o mapa real das alianças em Anápolis

wilder e marcio

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Em meio a rumores e interpretações políticas locais, vale esclarecer, o prefeito de Anápolis, Márcio Aurélio Corrêa (PL), não aparece na cena política local como alguém que “deva” politicamente ao senador Wilder Moraes, presidente estadual do PL. Na prática, seus laços e compromissos públicos têm outra geografia, aproximações com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), com o deputado federal Célio Silveira (MDB), cuja vaga Márcio ocupou como suplente, e com lideranças do bolsonarismo ligadas ao Major Vitor Hugo.

 

A trajetória e os vínculos

Márcio Corrêa, eleito prefeito de Anápolis e com passagem recente como suplente de deputado federal, construiu sua força local em 2024 com apoios que foram além do diretório municipal do PL, e isso fica claro quando se revisitam as agendas de campanha e as declarações públicas da época. Além de ter exercido a vaga de deputado federal na substituição ao titular, Célio Silveira, Corrêa recebeu manifestações públicas de apoio do vice-governador Daniel Vilela durante a disputa em Anápolis.

 

O laço com Silveira

Célio Silveira é deputado federal com histórico de articulação regional. Márcio foi suplente na mesma chapa e, por isso, há um vínculo institucional e político claro entre ambos, uma relação que pesa quando se fala de prioridades e de apoios eleitorais locais. Esse relacionamento explica parte da proximidade política de Corrêa com quadros do MDB e com candidaturas que o MDB venha a apresentar.

 

Major Vitor Hugo, Bolsonaro e o bolsonarismo em Anápolis

Na campanha de 2024, ficou evidente que o bolsonarismo teve papel prático na trajetória de Corrêa. Atos e carreatas com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro reforçaram sua candidatura, momentos em que também estiveram presentes lideranças como o Major Vitor Hugo, que era o verdadeiro articulador do PL em Anápolis naquele período. Foi Vitor Hugo quem cedeu o partido para que Márcio fosse candidato e ajudou a levar Bolsonaro à cidade, consolidando um vínculo político sólido entre ambos.

 

A crise no diretório do PL em Anápolis

O cenário interno do PL em Anápolis também atravessa turbulências. O presidente municipal da sigla, Hélio Araújo, ex-vereador, tornou-se réu em processo que investiga suposta prática de rachadinha, fato que provocou reações dentro do partido e colocou o diretório municipal em compasso de espera. Mesmo sendo do PL, o prefeito Márcio Corrêa ainda não conseguiu emplacar uma nova diretoria local, o que reforça a ideia de que a estrutura partidária na cidade vive um momento de indefinição e disputa interna.

 

O papel do senador Wilder Moraes

Como presidente estadual do PL, o senador Wilder Moraes tem atuado na reorganização do partido em Goiás e participado de reuniões com lideranças locais, incluindo Anápolis. No entanto, a relação política de Márcio Corrêa com o PL não passa diretamente por ele, o elo principal sempre foi o Major Vitor Hugo, que, à época da campanha, conduzia as tratativas políticas e estratégicas da legenda no município.

É importante lembrar que Wilder Moraes defendia, originalmente, que o candidato a prefeito de Anápolis pelo PL fosse o ex-vice-prefeito Márcio Cândido, e não Márcio Corrêa, o que reforça ainda mais o fato de que o apoio e o alinhamento de Corrêa nasceram de outro grupo interno do partido.

Márcio Corrêa tem deixado claro que pretende apoiar quem, de fato, o ajudou em sua trajetória política, Daniel Vilela, Célio da Silveira e Major Vitor Hugo. As movimentações internas no PL e as especulações sobre uma suposta “dívida” com Wilder Moraes não encontram respaldo nos fatos.

Em Anápolis, como em boa parte do cenário político goiano, cada grupo constrói sua força com base em quem esteve presente nas horas decisivas, e, no caso de Márcio, Wilder na está lista de prioridades.

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