Durante o período em que esteve à frente do 3º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM), entre janeiro de 2019 e julho de 2022, o Coronel Paulo Roberto Oliveira marcou seu nome na história de Anápolis. A cidade viveu um momento raro, chegou a ficar 43 dias consecutivos sem registrar um único homicídio. Um feito histórico, que hoje soa quase como utopia diante da onda de violência que voltou a tomar conta das ruas da cidade.
Sob o comando firme, estratégico e respeitado do Coronel Paulo Roberto, a cidade respirava segurança. O policiamento ostensivo, aliado à inteligência e ao diálogo com a comunidade, gerou resultados concretos, não apenas nas estatísticas, mas, principalmente, na percepção da população. Os anapolinos sentiam-se protegidos, as ruas estavam mais tranquilas e a sensação de ordem era evidente.
Hoje, no entanto, o cenário é outro. A recente troca no comando do 3º CRPM ocorre num momento de grave escalada da violência em Anápolis, que tem enfrentado uma sequência de homicídios e conflitos urbanos que não se via há tempos. Os moradores estão assustados, e as manchetes diárias que estampam mortes, acertos de contas e caos nas ruas só aumentam o clima de tensão na cidade.
Um dos pontos mais críticos da atual crise envolve conflitos entre moradores de rua, que parecem ter estabelecido um código de conduta próprio, alheio às leis que regem a sociedade. Infelizmente, essa “lei paralela” tem se imposto de maneira violenta, e o poder público não tem conseguido conter o avanço dessa realidade. O resultado é a sensação de que a cidade está à mercê da criminalidade.
O legado de Paulo Roberto, nesse contexto, torna-se ainda mais evidente, e saudoso. Ele não apenas comandou a segurança pública com pulso firme, mas também deixou um exemplo de como é possível, sim, reduzir drasticamente a criminalidade com planejamento, disciplina e comprometimento com a população.
Os tempos mudaram, mas a comparação é inevitável. Enquanto a população se vê novamente refém do medo, o nome do Coronel Paulo Roberto Oliveira ressurge como símbolo de uma época em que a segurança pública em Anápolis era levada a sério, e dava resultado.
O desafio, agora, é reencontrar esse caminho. E, para isso, é preciso mais do que mudanças de comando, é necessária vontade política, integração entre as forças de segurança e coragem para enfrentar de frente as novas ameaças que se impõem à paz dos anapolinos.



